No nosso último post,  falamos do Caminito del Rey, que está em Málaga,  e  após duas noites por lá, já  descansados da deliciosa caminhada  de oito quilômetros, partimos direto para Ronda. A cidade já estava no nosso roteiro, e muita gente nos dizia que era  imperdível… ainda na metade do caminho, quando fizemos  baldeação,  ficamos encantados com a delicadeza e a limpeza da estação de trens . Certeza que  Ronda seria um bom lugar para visitar!

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Depois de instalados e comer é claro… já anota isso ai, é muito importante! La Lechuguita… Lembra das tapas do outro post? Se não viu olha lá no post de Sevilha,  então,  cada porção 80 centavos de euros, deu para comer várias de novo.

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De barriguinha cheia,  chegou a hora de queimar  calorias e andar muito para Ronda, considerada uma das mais   bonitas  cidades da Europa! Ronda é daqueles lugares que dá a impressão que está  parado  no tempo, a  atração mais emblemática da cidade,  El Puente Nuevo,  se estende por um desfiladeiro de mais de 90 m de profundidade e  foi construída em  1793. Isso deve dar uma ideia para os visitantes de como Ronda tem sido a mesma ao longo dos anos.

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Uma observação, o nosso amigo Clint não gosta muito de sair em fotos, mas tiramos tantas que ele já estava até fazendo pose…

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Ronda faz parte da Ruta dos Pueblos Blancos, uma tradicional rota por  encantadoras aldeias nas  regiões montanhosas do sul da Espanha,  que tem  suas construções  tradicionalmente pintadas em branco, além das incríveis paisagens,   a rota combina história, arte, cultura, artesanato e boa comida, se perder por essas casinhas  te faz pensar; quem tem a sorte de morar aqui?

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Baños Árabes, é um ponto  bem interessante da cidade,   são as mais conservadas ruínas de termas  em toda Espanha, a iluminação natural impressiona e  os videos explicativos são bem interessantes, às terças feiras a entrada é gratuita. Ronda é lugar para relaxar, caminhar sem pressa, olhar detalhes e  sentir perfume das flores das laranjeiras que enfeitam toda  a cidade. Um lugar que parece uma pintura.

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Nossos pés já estavam apontados para outro lado, e da Província de Málaga, seguimos para a Província de Cádiz, onde se encontra Tarifa, que  é a cidade mais ao sul da Espanha.  O lugar tinha muitos atrativos, conseguimos conhecer um pouco de uma cidade bem interessante e com grande  influência  árabe, já que somente quatorze quilômetros  separam a cidade do  Marrocos, no continente africano. Estávamos prontos para  caminhar por  outras terras, era hora de cruzar  para o lado marroquino e estávamos bem ansiosos para isso.

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A travessia  feita por  ferry,  dura um  pouco mais de quarenta minutos, pelo Estreito de Gibraltar, o canal que liga o oceano Atlântico e o mar Mediterrâneo.   Entraríamos  num país tido como exótico, com cultura e costumes  totalmente diferentes, tudo  desconhecido para nós, já começando pelo idioma; a lingua oficial no Marrocos é o árabe e em algumas  regiões  o berbere, como segundo idioma o francês, o espanhol poucos usam e os que falam   estão concentrados em lugares mais turísticos.  Enfim, o desafio  começou já no porto,  para fazer a alfândega, ali já começou a  ficar divertido.

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Quem vê essas carinhas tão felizes,  não pode imaginar o pesadelo que foram esses quarenta e cinco minutos a bordo, o Sergio sofre de cinetose (disturbio que provoca náuseas em barcos) e no caso, não só ele, pelo menos um terço dos que estavam ali,  penso que sofriam do mesmo mal,  já nos primeiros dez minutos o cheiro de vômito  tomou conta do lugar, o Sergio mudava de cor, suava, mas segurou a onda, literalmente, os banheiros eram impraticáveis, muita gente para vomitar no mesmo lugar, coisa do horror; Eu e Clint paramos de achar engraçada a situação quando o cheiro já começou revirar nossos estômagos também, ainda por cima, todos tinham que passar num quichê para carimbar o passaporte, levantar e ficar na fila com o barco sacudinho, parecia um monte de bebado na fila de um  boteco…  o barco mal parou e já estava todo mundo esmagado na porta querendo sair.  Bom começo hein? Próximo post Marrocos! E tá cheio de história boa. Afinal, se não cair num golpe e ter uma caganeira, não valeu a viagem para o Marrocos.