A escolha da Patagônia como nosso primeiro destino internacional com o projeto, foi fácil, mesmo porque nossa vontade de conhece-la já vinha de muitos anos. Também sabíamos que a  quantidade de animais pelas ruas na Argentina e no Chile era grande,  em outras oportunidades que  estivemos por lá observamos isso. Então,  realmente foi o primeiro lugar que veio a nossa mente, mesmo porque ela é o começo da nossa rota até o Alasca.

Em nosso diário de bordo colocamos várias histórias de animais, com lindas fotos e todos os pontos turísticos por onde passamos, vale muito a pena conferir. Os posts foram feitos com muito carinho para que todos conheçam um pouco da nossa aventura e conheçam também esse lugar espetacular.

Aqui falaremos de coisas inusitadas, curiosidades da viagem e coisas engraçadas que aconteceram nesses deliciosos trinta dias. Se quiserem saber outra coisa qualquer é só perguntar que inserimos no post. Então vamos  lá!

Os banhos:

Viver trinta dias no carro não tem como ter trinta dias com banho de chuveiro quentinho. Um pouco de criatividade tem que fazer parte da higiene diária. Ainda mais que nos primeiros dias pegamos um calor infernal de pelo menos 40 graus.

Os banhos foram variados, na maioria dos dias ficamos em campings, alguns municipais, outros particulares e  cada banheiro uma surpresa. Em alguns campings legais o banheiro era um lixo e em outros bem mais simples encontrávamos um banheirinho bem honesto. Banhos em gotas, às vezes gelado ou pelando. Em espaços de um metro quadrado, de lenço umedecido, com garrafa pet , em posto de caminhoneiro, e olha que esses foram ótimos… pagava-se com uma moedinha e normalmente era uma duchona quentinha e abundante. Algumas vezes realmente eles não existiram, mas temos a desculpa que estava muito frio… afinal fomos dos quarenta graus a temperatura negativa praticamente de um dia para o outro.

Mas tiveram banheiros deliciosos! Os campeões foram do Camping Uenquehue em Vila Angostura  e  no Hotel Los Pinos em Puerto Natales.

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Tomamos banho até na casa do administrador do camping  que fica dentro do Parque Nacional Tierra del Fuego, em Ushuaia, que não tinha chuveiro e ele nos emprestou um banho com direito a aquecedor na hora de se trocar… estava um frio de lascar…

No começo da viagem eu comentei com o Sérgio que enquanto eu tomava banho eu sempre ouvia as gringas nos chuveiros ao lado, suspirando, gemendo, sei lá … um negócio meio estranho. Logo me peguei fazendo o mesmo…  e descobri que um banho quentinho, gostoso e naquela hora que você precisa muito causa muito prazer… rssss… Quando temos todo dia a vontade nem damos valor.

Comidas:

Como não temos nenhuma frescura e restrição, não tivemos muitos problemas para comer . Porém comer em viagens requer um pouco de prática e habilidade. Comer caro não significa comer bem e comer num lugar desconhecido, inclusive em outra língua às vezes é até divertido.

Cozinhar debaixo de  árvores, fazer uma parada onde quiséssemos olhando uma paisagem deslumbrante, fez com que qualquer coisa que se comêssemos parecesse até mais gostoso.

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Experimentamos várias conservas sinistras que encontramos nos mercados… tipo: feijão vermelho??? Porotos??? Patê de Ternera??? Fava, Milho, Pimentão, Grão de Bico… Ás vezes tudo isso ia para um pão com frios também desconhecidos, mas um queijinho sempre dava um toque final… Na maioria das vezes saíram lanches deliciosos.

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Comprávamos bastante frutas pelos mercados e barraquinhas de beira de estrada… Sempre frescas e deliciosas.

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Fizemos macarrão no quarto de hotel, com o fogão elétrico que adquirimos pela bagatela de R$ 40,00 no Duty Free de Punta Arenas,  e olha que ficou bom hein.

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Comemos ovos cozidos no nosso fervedor ligado à  tomada do poste em frente da borracharia  enquanto o cara consertava o pneu furado… essa foi a pior…

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Levamos alguns envelopinhos de Eno e nem consumimos, saldo positivo, né?

Comemos bastante em restaurantes, principalmente à noite. Acertamos algumas  vezes , mas também erramos várias.

Os piores:  Merluza lavada com sabão em pedra e batatas fritas no óleo diesel queimado no pior e mais feio restaurante que tinha em Puerto Natales. Escolhemos muito e entramos no pior.

Restaurante Chinês, em Villa Angostura.  Podia  comer a vontade… o Sérgio se empolgou. Eu já bati o olho no geral e já vi mais do que devia. A comida mal entrou e já saiu… entendam como quiserem… Ecaaaaaaaaaa!

Mas tiveram os melhores:

Para a categoria comidas inesquecíveis… A Centolla Parmesan do Restaurante La Cantina Fueguina do Freddy,  em Ushuaia. De comer rezando, chorando, sei lá… espetacular! Se for ao Ushuaia e não comer essa Centolla não valeu… vai ter que voltar!

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Casuela de Vacuno num restaurante típico que nem sei o nome em Punta Arenas.  Uma sopa saborosíssima. O lugar não era dos mais bonitos , mas a comida superou todas as expectativas… humm… comia uma agorinha.

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Comidas da Argentina: Pão, bife de chorizo, cordeiro, parrila, milanesa, hamburguesa, empanadas e batata frita.  Em todo lugar só se come isso. Salada? Só de alface e tomate. Pizza,  na hora do almoço.

A comida tá longe de ser ruim, o problema é que  não tem opção.  Sofrido demais para um vegetariano, com certeza vai passar fome ou viver de batata e pão.

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No chile: A comida já é um pouquinho mais variada. Mas nos roteiros turísticos também cai na mesmice . O tal do A lo pobre, que é uma carne com ovo quase cru em cima, cebola e muita batata frita. Para mim isso não foi problema, pois as fritas realmente são meu ponto fraco.

Muito lanche , inclusive cachorro quente com abacate, que parece ruim, mas é muito gostoso. Os peixes deliciosos e frescos do Chile e suas Casuelas…

Mas se quiser comer bem, vai ter que abrir o bolso. Se pedir um peixe ou uma carne, só vem isso , os agregados são todos pedidos separados.   Eles não sabem que nós estamos acostumados com orgias gastronômicas. Arroz, feijão, bife, batata, salada, maionese , farofa… tudo ao mesmo tempo … ainda a coca, a sobremesa e o café! Comer bem e fartamente como aqui no Brasil? Difícil hein…

Mas a coca cola é a mesma… mesmo tendo outro rótulo, continua deliciosa e venenosa…

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Pessoas pelo caminho:

Destino de mochileiros, overlanders, adeptos de road trip do mundo todo, viajantes que rodam o mundo de bicicleta, a pé e tudo mais… se encontra de tudo por aquelas bandas… A Patagônia é o sonho da maioria dos aventureiros.

O grande barato de viajar é que a gente encontra muitas pessoas na mesma sintonia. Todo mundo tem uma dica legal e pessoas da mesma nacionalidade querem sempre se comunicar. O nosso carro chamava muito a atenção, também por isso muita gente vinha conversar e essa parte foi muito bacana. Tínhamos oportunidade de falar do projeto e trocar várias ideias.

Na travessia do Estreito de Magalhães conhecemos uns brasileiros do Rio Grande. Gente nota dez, que viajavam em oito carros e nos encontramos várias vezes durante nossa parada no Ushuaia, dentre eles um chamou muito nossa atenção, o Sr. Carvalho, oitenta e dois anos, dirigindo seu próprio carro e fazendo o mesmo trajeto nosso, cheio de gás e cheio de histórias para contar. Foi piloto de avião, conhece o mundo todo , empresário e ainda está na ativa! A turma toda era muito animada.

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Um menino paraibano que estava fazendo intercâmbio veio correndo falar com a gente, me abraçou e me beijou como se fosse um velho amigo e ainda insistiu muito para entrarmos no restaurante onde ele estava para conhecer sua família de lá que também era extremamente simpática… pena que não tiramos nenhuma foto com ele, mas ele tirou nossa.

Um casal americano estava parado  ao lado do nosso carro e quando nos aproximamos começaram a nos contar bem animados que tiveram uma Defender igualzinha a nossa e que viveram na África e rodaram boa parte do mundo. Ainda de quebra nos convidaram para ficarmos na casa deles na nossa passagem por Oregon nos Estados Unidos. Claro que o convite foi aceito.

Quando estávamos chegando em El Chalten, vimos um cadeirante vindo na estrada, era uma bicicleta para cadeirante e ele vinha muito rápido, nem imaginamos quantos quilômetros ele rodou com aquela cadeira, porque ele estava num ponto da estrada onde para chegar numa civilização era pelo menos uns oitenta quilômetros para qualquer lado que ele fosse. A foto saiu muito ruim… mas deu para registrar.

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Em Él Bolson conhecemos um casal da Dinamarca que vinha do Alasca e pretendiam chegar até o Ushuaia de bike com duas crianças, faziam mais de dois anos que eles estavam na estrada. E não foram só estes que vimos com crianças não, numa descida de pedra, muito íngreme e com vento muito forte, vimos um casal oriental, também de bike cada um com uma criança, enroladinhos como charutos nas cadeirinhas acopladas as bicicletas. Coragem hein…

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Numa parada para um passeio no Lago General Carrera no Chile , vimos duas bicicletas paradas. Nelas haviam placas de vende-se e uma folha com um texto explicando que eles estavam vendendo as bicicletas, as jaquetas e mais algumas coisas, faziam três anos e meio que estavam de lua de mel e estavam vendendo as coisas para a compra das passagens de volta para a Eslovaquia.

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A Odete que nos acolheu com muito carinho na sua cabana, trocou Reais por Pesos Chilenos para nós, foi muito amável…e ainda falava um pouquinho de português.

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Os adoráveis mineirinhos que encontramos em Puerto Natales , enquanto atendiamos a Branquinha… Falamos do Projeto, da viagem, trocamos dicas e nos despedimos…

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O carioca Landeiro todo animado, mas que a esposa estava odiando estar ali. A Patícia, uma menina muito legal de São Paulo, que encontramos em Torres del Paine, que veio conversar com a gente sem acreditar que havíamos chego até ali de carro. O Kibe um Iraniano maluco que mora no Rio de Janeiro,  que quase espancou a esposa na nossa frente, credo… O casal de vovô e vovó alemães que encontramos em quase todos os campings que ficamos. Aliás por ali tem muitos alemães, mas muitos mesmo… com suas casas ambulantes gigantes.  Encontramos até duas criaturas de patins numa via de mão dupla, com acostamento de terra e vários caminhões passando a mil… estavam de mochilões nas costas, nem imagino para onde iam, espero realmente que eles tenham atingido seu destino final… Se formos falar de todas as pessoas legais e interessantes que conhecemos não acabaríamos mais esse post.

Quando vocês pensarem que nós somos malucos, pensem bem… perto de muitas pessoas somos os mais normais dos viajantes.

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Cronograma da viagem:

dia 1: Saimos de São Caetano, dormimos em Lapa, Santa Catarina, rodamos 592 Km, dormimos no estacionamento do Hotel Estrela, de graça.20131221_080028

dia 2: Dormimos em São Borja, Rio Grande do Sul, rodamos 862 Km, dormimos no Hotel Avenida, mas antes entramos num hotel de prostitutas e a recepcionista falou que era melhor irmos para outro… kkkk

dia 3: Dormimos em Rio Primeiro, Argentina, rodamos 917 Km, num hotel que eu não lembro o nome, só sei que tinha baratas…  comemos deliciosas Fajitas Mexicanas no restaurante ao lado, tomamos uma quilmes gigante, suficiente para dormir rápido.

dia 4: Dormimos em Mendoza, Argentina, rodamos 720 Km, no Camping Suizo que saimos daqui cheios de indicações , mas foi o pior da viagem… noite do horror… aliás a segunda seguida…

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dia 5: Dormimos em San Rafael, Argentina, rodamos 295 Km, era noite de natal, dormimos numa linda e deliciosa cabana na beira do rio, foi uma noite tranquila e com aquele delicioso barulhinho de água correndo.

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dia 6: Dormimos em Chos Malao, Argentina, no Camping Municipal, rodamos 592 Km, o camping até calmo e bom, mas o banheiro impraticável.

dia 7: Dormimos em San Martin de los Andes, Argentina, rodamos 560 Km, no Hotel Cumelen, um hotel simpático, mas o dono totalmente homem jiló… amargo… só ficou simpático depois que pagamos, eu hein.

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dia 8: Dormimos em Vila Angostura, Argentina, rodamos 170 Km, o caminho pela Ruta dos Sete Lagos, maravilhoso! No melhor camping da viagem. a noite só não foi perfeita por causa do piriri do restaurante chinês kkkkk

dia 9: Dormimos em Bariloche, Argentina, rodamos 143Km, camping Isla Negra, churrasco, cerveja, chocolate… tava bom.

dia 10: Dormimos no Parque Los Alerces, Argentina, rodamos 330 Km, camping agreste Rio Arrayanes, a chuva estragou, mas o lugar era lindo e dormimos como bebês.

dia 11: Cruzamos a fronteira para o Chile, entramos na Carretera Austral, rodamos 200 km,  dormimos na Cabana da Odete, delícia! Mas a chuva ainda atrapalhava.

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dia 12: Dormimos em Coyhaique, Chile, rodamos 306 Km,  véspera de ano novo, na Cabanã Mirador, fizemos nossa ceia de ano novo, noite perfeita.

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dia 13:  Chile Chico,  rodamos 462 Km, o dia foi perfeito, fizemos um passeio incrível, mas à noite o bicho pegou, passei a maior medorréia da viagem numa estrada muito perigosa e ainda anoiteceu… não tinha onde comer, não encontramos onde dormir, tivemos que dormir na rua… fui no banheiro ao ar livre com temperatura negativa… noite do terror! Mas sobrevivemos.

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dia 14: Retornamos à Argentina, rodamos 627 Km, e dormimos em Él Chalten, camping El Relincho e atingimos um dos objetivos, avistar o majestoso Fitz Roy, fim de tarde exuberante.

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dia 15: Passamos o dia em Él Chalten, fizemos trekking, andamos mais de seis horas, voltamos acabados, realizados e respirando sem ajuda de aparelhos. Dormimos, aliás morremos … camping El Relincho.

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dia 16: Dormimos em El Calafate, Argentina, rodamos 274 Km, camping Lamarca e o caminho de Chalten para Calafate é muito bonito, foi um dia bem agradável.

dia 17: Dia da cereja do bolo! Fomos conhecer o maravilhoso Glaciar Perito Moreno, SHOW! Mais tarde partimos para Puerto Natales,e entramos no Chile novamente.  Rodamos 500 Km, chegamos muito tarde, dormimos no posto, à noite o vento quase virou o carro e pela primeira vez pensei… o que estou fazendo aqui????

dia 18: Foi um dia meio esquisito, choveu o dia todo, comemos muito mal, passamos o dia pela cidade, fomos trocar  óleo e filtros do carro, trocamos dinheiro, andamos pelas lojas… ficamos à toa, sem muitas perspectivas… dormimos num camping nojento e horroroso, em Puerto Natales.

dia 19: Acordamos cedinho e o tempo ajudou, partimos para Parque Nacional Torres del Paine, rodamos uns 120 Km , dormimos no Eco Camping dentro do parque e foi um dia e uma noite num lugar surreal. O parque superou todas as expectativas.

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dia 20: Passamos o dia passeando pelo parque, fomos conhecer o Lago Grey e retornamos para Puerto Natales, rodamos 255 Km, dormimos no Hotel Los Pinos e comemos muito bem, estavamos precisando muito de uma boa cama e um bom banho.

dia 21: Renovados, partimos para Punta Arenas, Chile, rodamos 376 Km, dormimos no posto, tinha uma boa lojinha de conveniência e um banheirão invocado.

dia 22: Rodamos 640 Km, cruzamos o Estreito de Magalhães e passamos para a Terra do Fogo, Ushuaia, nosso maior objetivo. Nos ferramos, entramos em mais de vinte hostels, campings, nada… destino final posto de novo. Mas estávamos no Ushuaia! Podres.

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dia 23: Passeamos, conhecemos a cidade, fomos ao Museu do Presídio, muito legal! Dormimos no camping dentro do Parque Nacional Tierra del Fuego, mas no camping não tinha chuveiro… o administrador ficou com dó e  nos ofereceu um banho na sua casa… ehhhhhhhhhhh

dia 24:  Fizemos a navegação pelo Canal de Beagle, passeio maravilhoso. Pensar que só estávamos mil quilômetros distantes da Antártida. Nos despedimos do Ushuaia e começamos a voltar… Só começamos !  Em Tolhuin, 120 Km de distância o carro quebrou. Ai nossa saga começou…

dia 25: Dormimos dentro da oficina e não comemos nada o dia inteiro. Nem brigamos…

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dia 26: Carro consertado! Nos despedimos do Ushuaia pra valer… rodamos 452 Km e não conseguimos atravessar o Ferry Boat, o vento estava um pouco forte… coisa pouca, uns 130 Km por hora. O guarda nos falou o motivo…perigo de ficar à deriva no Oceano, e já aconteceu… quando? quinta passada… Melhor dormir no estacionamento da guarda costeira e esperar amanhã né? Cagaço monstro.

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dia 27:  Oito horas da manhã e o Sérgio com o carro na fila, conseguimos passar ao meio dia, olha que beleza, desde oito da noite do dia anterior. Rodamos 500 Km e chegamos no hotel Florida Blanca em San Juan, ufa… banho e comida.

dia 28: Acordamos, tomamos café… Pneu furado. O macaco não lavantava o carro, a chave de roda era meia boca, o parafuso de segurança quebrou… Que beleza!  Depois de tudo isso o bloqueio estava engatado e o Sérgio não notou,  o carro não andava. Estamos passeando… respira fundo… é só um pneu…mas eu já estava imaginando quantos dias iamos passar dentro de outra oficina… enfim, algumas pessoas com muita boa vontade nos ajudaram o Sérgio voltou para o corpo… e rodamos 820 Km, dormimos em Trelew, Argentina,  num postão de caminhoneiro.

dia 29: Já estava batendo a depressão da volta.Rodamos 900 Km, estava querendo cair uma puta chuva, não encontravamos lugar para dormir, quando tudo parecia perdido, encontramos um super posto , com um restaurante ótimo, um banheirão com uma ducha quentinha em Pringles, na Argentina. Mas o Sérgio foi comido pelos pernilongos…

dia 30: Seis horas da manhã já estávamos na estrada. Rodamos 1243 Km, estavamos podres , mas o objetivo era cruzar a fronteira para o Brasil. Ok conseguimos. Entramos em Uruguaiana uma e meia da manhã, não encontrávamos um hotel… paramos num posto… tentamos… fomos comidos pelos pernilongos, um calor infernal, funk rolando…  Chegaaaaaaaaaa!  Duas e meia da manhã, estávamos no melhor hotel da cidade, tomamos uma banho maravilhoso… ligamos o ar condicionado no último e dormimos…. gostoooooooossoooooo.

dia 31: Rodamos 541 Km , dormimos num motel de beira de estrada em Carazinho, indicado pelo frentista que sabia até o preço, frentista danado… o pior foi ficar com o carro entalado na porta do motel, o Sérgio ter que tirar botijão de gás, caixas, etc… de cima do carro para fazer o carro passar no portão,  e eu do lado de fora gritando… vai , vem… entra… devagar… entrou… kkkkkkkk  a recepcionista rachando de rir e os clientes parados esperando para entrar.

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Rodamos mais 1.110 Km até São Caetano do Sul e retornamos a nossa casa e nossa vida normal. Chegamos consados mas felizes demais, conseguimos realizar uma parte do nosso sonho e tudo que planejamos deu certo. Com essa viagem tivemos certeza que a nossa viagem ao Alasca vai ser maravilhosa.

Total: 14.960 quilômetros.