No último post  falamos da nossa chegada em Portugal, mostramos lindas fotos de Porto e contamos um pouco da nossa primeira impressão da ”terrinha, encantamento foi o sentimento  de pisar na Europa pela primeira vez e agora era  avez de conhecer   outras bandas, ora pois!

Passamos  quatro noites em Lisboa, uma cidade bem bonita e interessante, que não tem o mesmo charme de Porto, mas nos agradou bastante, é uma cidade grande, cheia de atrativos e que conhecemos  menos do que gostaríamos. A comida boa,  também está por toda parte e passar   sem comer um belo bacalhau com  um bom vinho,  é praticamente um pecado.  Os bares de fado trazem a magia da maior expressão musical de Portugal e para quem gosta de metrópoles, deve ser um lugar muito bom para viver.

Mais uma vez caminhamos muito, por todo centro, por “Alfama”, que é o bairro mais famoso e  tradicional da cidade, cheio de bares, restaurantes e casas de fado, onde tem o mirante mais lindo da Lisboa.

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Com uma boa e deliciosa caminhada, à beira  do Rio Tejo, chegamos  na “Torre de Belém”, que é um dos maiores símbolos da cidade. A construção da torre teve inicio em 1514 e só terminou em 1520, o uso inicial da fortificação era  para proteger a capital portuguesa de ataques inimigos, porém, com o passar do tempo  a torre acabou perdendo essa função   se transformando em posto de sinalização telegráfico, farol e  até masmorra para presos políticos. Em 1907 foi classificada como Monumento Nacional e em 1983 foi classificada como Patrimônio Mundial da UNESCO,  e hoje  é dos símbolos mais marcantes da cidade. O fim da tarde é o seu momento mais encantador, quando o sol vai embora  enche o ambiente de  magia.

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A nossa melhor história em Lisboa começa logo na chegada ao hostel que escolhemos; desta vez não tivemos tanta sorte e apesar das boas avaliações nos sites de busca,  nossa experiência não foi das melhores nas duas primeiras noites que passamos ali. Logo na recepção,  havia um senhor completamente bêbado,  deduzimos, ele estará no mesmo quarto que a gente. Nosso quarto compartilhado tinha 6 camas e quando abrimos  a porta, ufa… ele não estava. O quarto era bem divido com três beliches distribuídas de forma que, quando entrávamos víamos as outras camas,  mas a nossa ficava no corredor e ninguém nos via, uma beliche estava vazia e na outra havia um casal, que quando entramos,  conversamos  rapidamente a  respeito do chuveiro que não estava esquentando e observamos que entre  a cama deles e a parede havia quatro malas gigantes, era praticamente impossível sair da cama.

O chuveiro realmente não esquentava, o hostel estava em reforma e  o tempo todo uma barulheira horrorosa vinha do andar de baixo, o prédio tinha três andares e martelavam o dia todo,  todos os quartos do nosso andar estavam ocupados, a cozinha do hostel fazia parede com nosso quarto e não havia limite de horário para uso, o banheiro tinha uma porta de “saloon”  bang-bang, onde se via tudo pela fresta, a recepcionista era uma menina brasileira que parecia estar drogada, porque não terminava uma frase e não falava coisas com coisas,  resumindo uma “zona”.

Fomos dar nossa reconhecida de área, comer algo e quando voltamos para o quarto, o casal estava do mesmo jeito, na cama, porém,   ela mexia sem parar nas malas, abria e fechava, colocava para lá, para cá, enfim passou a noite fuçando naquelas malas e ficavam brigando baixinho.  Pegamos no sono e despertamos com o homem batendo a porta do quarto, a primeira vez  devia ser mais ou menos meia noite e a criatura entrou e saiu umas dez vezes durante a noite, pensamos que sairiam na madrugada para o aeroporto ou algo assim, mas não, na manhã seguinte estavam lá fuçando nas malas de novo,  entrando e saindo , batendo a porta do quarto. Imagine se alguém sequer falou bom dia?

Na manhã conseguimos tomar um banho quente e passeamos o dia todo. Quando voltamos já era noite e o casal seguia, do mesmo jeito, chafurdando na  montanha de malas e brigando.   No beliche ao lado agora havia dois indianos e o quarto estava completo, acenamos com a cabeça porque os dois estavam no celular e fomos direto para a cama.

Nas duas horas seguintes ligaram para a Índia toda, não falavam, berravam em “hindi” como se estivessem na sala de casa. Entre uma chamada e outra mastigavam algo que cheirava a curry com citronela, misturados às incompreensíveis palavras tomando conta do quarto.  Reclamar para quem, se da cozinha vinha a voz do dono do hostel falando mais que a boca… Conseguimos dormir porque aquietaram, porém, no meio da madrugada tocou o  telefone de um dos indianos e o infeliz atendeu  gritando de novo… Um “Shhhhhiii” geral ecoou no quarto, da nossa cama e da cama dos “das  malas” ao mesmo tempo, o  indiano saiu tropeçando e bateu a porta. Sete da manhã já estávamos sentados na cama, ninguém falou bom dia ou “namaste” de novo, nem tomamos café, pegamos o metrô e antes das dez  estávamos na cozinha de outro hostel maravilhoso,  rindo e em paz, e assim é, nem sempre dá certo. As fotos abaixo são do  hostel  “legal” não temos nenhum registro da espelunca citada acima.

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SINTRA

Na nova casa estávamos coladinhos na estação de trem e depois de uma noite bem dormida, fomos conhecer uma cidade que queríamos muito, a pequena, linda e Patrimônio da Humanidade “Sintra”, que apesar de super turística tem um encanto de pequeno povoado. Desde Lisboa são quarenta minutos em trem,  passando por vários lugares interessantes até chegar  numa vila de contos de fadas, repleta de castelos, palácios, lindos jardins e a inigualável “Quinta da Regaleira”, onde passamos a maior parte do nosso passeio, porque era um lugar que realmente gostaríamos de visitar, um ambiente cheio de lendas e magia, que sedutora é a pequena vila portuguesa “Sintra”, amamos.

Neste lugar sentimos a diferença de viajar de carro, porque adorararíamos ter ficado mais, com certeza encontraríamos um “castelo” para estacionar e passaríamos dias descobrindo cada detalhe daquelas construçôes tão singulares.

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Depois de um dia maravilhoso em Sintra,  voltamos para nosso lindo hostel em  Lisboa e no outro dia cedinho seguimos para a cereja do bolo, pegamos um ônibus  que nos deixou bem no paraíso, a região de Algarve! Nós escolhemos conhecer “Lagos” que é considerado um dos destinos mais bonitos desta região, é uma pequena cidade cheia de atrativos ,  que tem uma faixa de praias paradisíacas e paisagens magnificas,  um monumento natural e cheia  de história, particularmente para nós brasileiros.

Uma réplica das primeiras caravelas   que chegaram ao Brasil está na Baia de Lagos, ela representa a ‘’chegada” dos portugueses  em nossas terras, preferimos usar este termo,  porque quando usamos  “Descobrimento do Brasil” parece que nossa terra não era habitada e os portugueses foram os primeiros a encontrá-la, desconsiderando a presença de mais de cinco milhões de indígenas, que já habitavam o Brasil muito tempo antes da chegada deles. Outra referência às barbáries da época é o “Museu dos Escravos” no edifício onde foi o primeiro mercado de escravos da Europa, não entramos, mas o lugar dá calafrios só de imaginar o grau de sofrimento escondido atrás daquelas  paredes, como um lugar tão lindo (hoje) pode ter sido cenário de tamanha crueldade, mesmo sendo num passado bem distante esse prédio deveria ser motivo de vergonha, marcada  por tanta atrocidade vivida ali.

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Mas deixando o passado de lado,  chegou a hora de conhecer as maravilhas de “Lagos”,  que   nos pareceu   excelente no comecinho de abril, porque  demos muita sorte quanto ao clima, a cidade tinha uma grande circulação de turistas, mas com as praias bem vazias, nada comparado às praias lotadas que havíamos visto nas fotos em pleno verão.  Não buscávamos aproveitar o mar e sim contemplar,  e o  que encontramos foi  um  panorama de beleza indiscutível , quase um paraíso.

Do  nosso hostel no centro da cidade  até a  “Ponta da Piedade”, que é o ponto principal da costa de “Lagos” e uma das áreas com as vistas mais impressionantes da região,  eram quase três quilômetros, com falésias, grutas e o mar paradisíaco, onde estão praias consideradas as mais lindas do mundo;  muitas oferecem passeios de barco, caiaque e várias outras atividades, algumas escadarias dão acesso às praias lindíssimas, e de baixo  se têm outra percepção deste lugar  encantador no sul de Portugal.

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Caminhamos por ali duas vezes, em dias diferentes, no primeiro  estava um pouco nublado, lindissimo! Vários tons de verde pintavam o mar e tudo era perfeito, mas no outro dia, com a alegria de um maravilhoso dia de sol, pintando tudo de azul,  tudo se transformou… que lugar fascinante, que pintura.

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” Não ande atrás de mim, talvez eu não queira esperar… não ande na minha frente, talvez eu não queira seguir alguém, ande ao meu lado , assim poderemos caminhar sempre juntos.”

E assim nos despedimos de Portugal, próximos passos… Espanha!