“Craters of the moon”, essa  surpresa apareceu no nosso caminho quando seguíamos por Idaho, encontrar um oceano de lava coberto por milhares de flores multicoloridas  não acontece todos os dias!  Com caminhadas leves e uma paisagem totalmente diferente de tudo que se pode imaginar esse parque nos surpreendeu muito, foi uma pena que não pudemos conhecer as cavernas de lava,  que por algum motivo estavam fechadas neste dia, mas a estrada e toda região eram  maravilhosas. Sempre saímos das estradas principais ,  o caminho nunca é o mais curto, mas sem dúvida sempre é o mais bonito,  se tratando dos Estados Unidos é o maior desperdício passar rápido por qualquer lugar.

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Outro  lugar espetacular que encontramos no caminho,  foi o “Grand Teton National Park”,  uma natureza exuberante com  lagos azuis e uma gigante cadeia de montanhas nevadas onde está o  pico  “Téton”, com 4.197mts de altitude, sendo o maior da cordilheira neste trecho e o segundo em relação ao  o maçiço “Rock Mountains”  que se extende até Britsh Columbia no Canadá. Ele foi batizado por um explorador francês que  visualizou as montanhas que estão em  Wyoming e ás associou a  grandes seios.   Todo o trajeto da “Scenic Drive”,  é digno de cartão postal.


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Depois de tanta coisa linda,  chegamos no  destino mais esperado, o “Yellowstone National Park”,   impossível não lembrar do “Zé Colmeia” e  do amargurado “Guarda Parque Smith”, este  que sempre confundimos com o “Guarda Belo”( do desenho do Mandachuva, ambos dos autores Hanna & Barbera),  “Yogi Bear”( nome americano) do famoso urso dos desenhos infantis,  de décadas atrás, era  acostumado a fazer visitas bem sucedidas às cestas de pic-nic dos visitantes do ficticio parque “Jellystone”, sempre acompanhado do seu parceiro de artimanhas o “Catatau”, dizem que o verdadeiro Zé Colmeia existiu, que a inspiração veio de um tranquilão urso que viveu no “Yellowstone”. Só quem  for muito novinho para não ter assistido pelo menos uma vez na vida esses  clássicos personagens de desenhos infantis.

O ” Guarda Smith” estava lá, bem  mais simpático que o original e no final do passeio, o Zé também apareceu, mas antes deste encontro com o urso de verdade, conhecemos o lugar mais impressionante de todos, o primeiro parque nacional estabelecido no mundo, com dimensões assustadoras e uma diversidade de paisagens e de vida animal  arrebatadora; Geysers, fumarolas, cascatas, lagoas, lagos e rios, crateras borbulhantes e multicoloridas;  São mais de trezentos geisêres, a maior concentração do planeta, ursos, lobos, manadas de bizões, alces e muitos outros animais  circulam pelo imenso parque, no seu ambiente natural e preservado,  um lugar impossível de descrever, só conhecendo…

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Uma das atrações principais é o gigante ” Old Faithful”, um geiser com erupções frequentes que ocorrem em média a cada noventa minutos, chegando aos cinquenta metros de altura e com duração de dois a cinco minutos, chega a expelir quase trinta mil litros de água fervente em cada ebulição, proporcionando um espetáculo espantoso e formidável a todos que esperam ansiosos com as câmeras nas mãos. O pôr-do-sol neste ponto chega a ser hipnotizador, dormimos bem ai,  ao lado deste monstro.

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Numa caminhada curta e leve, passando  por cascatas borbulhantes que desembocam num rio de água fervente e gigantes crateras azuis,  chegamos   ao  “Grand Prismatic Springs”  uma  incrível lagoa policromática que por instantes faz você esquecer que está no planeta terra, existe um ponto de cima de uma montanha que se tem uma vista panorâmica da lagoa colorida, pena que só descobrimos depois e dependendo da estação do ano e do clima,  as cores ficam  mais marcadas e com menos vapor . De qualquer forma magnífico!

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Florestas, canyons, suntuosas quedas d’agua; Tudo  perfeito, maravilhoso, nenhum lugar do mundo deve ter tanta beleza natural num só lugar. O “Grand Canyon of Yellowstone” enche os olhos,  de baixo, de cima, de perto ou de longe… Uma deslumbrante cascata e o magnífico rio cortando a colossal montanha! Lindo, lindo, lindo! E lá estava ele, na última foto, de longe, mas suficiente para parar o trânsito da estrada, todo mundo queria uma foto, nosso primeiro urso! Saiu correndo, não queria ser astro como o Zé Colmeia…

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As emoções do parque ainda não haviam terminado, no extremo norte estavam as impressionantes “Mammoth Springs” um imenso complexo de águas termais, piscinas naturais, terraças de travertino e maior concentração de calcio carbonado do mundo. A combinação de cores e as mais diversas formações  criaram um ambiente único, mas segundo informações,  já foi muito mais bonito, com muito mais água, e em certa época do ano as cascatas ficam mais secas, achamos lindo, mesmo porque,  só conhecemos desta forma.

“Yellowstone” é um super  vulcão,  um dos maiores da terra, sua última erupção foi a seiscentos e quarenta milhões de anos atrás e transformou a paisagem no que conhecemos hoje, em baixo de tudo existe um mar de magma que ferve e nos últimos anos os moradores de “Wyoming” começaram sentir constantes tremores  na área e percebendo os animais mais nervosos,  essa caldeira é a mais observada do mundo, um observatório permanente monitora 24 horas por dia as atividades vulcânicas, segundo especialistas uma nova erupção causaria uma incalculável  catástrofe, especialistas falam que no mínimo o país todo seria encoberto pelas cinzas, vamos torcer para ele continue lindo e quieto.

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Deixamos o parque e seguimos pelo estado de Montana, depois de um pôr-do-sol maravilhoso (no Walmart),  e uma noite bem tranquila de sono, nada como acordar com o cotovelo inflamado; Fiz uma consulta on-line com um anjo amigo ortopedista do Brasil e depois de medicamentos comprados e muito choro, conhecemos um cara muito legal  o  “Daniel”! Ele nos abordou no estacionamento do supermercado, interessado na viagem e no projeto, depois de um longo e bom papo fomos conhecer sua família e toda a bicharada deles.  O Sérgio até encontrou seu irmão mais novo por lá,  (Segue fotos dos dois comparando as barbixas…).

Eles nos receberam como velhos e verdadeiros amigos, mãe, pai e irmã, todos super simpáticos, passamos uma noite  muito agradável com a família, Sérgio e Daniel conversaram muito sobre viagens e coisas da vida, ele já havia viajado bastante e estava numa fase da vida de novos planos e transformação; Depois disso eu me dopei e acabei dormindo,  parecia que havia uma faca enfiada no meu braço, foram dias complicados até a medicação fazer efeito, mas a sopinha da mamãe, a pomada caseira do papai e o banho quentinho fizeram muito bem.

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O  dia seguinte foi de despedidas. da família do “Dani” e dos Estados Unidos; Seguimos ao “Glacier National Park”, que  faz fronteira com o Canadá e Daniel foi com  a gente para o  passeio de um dia. Quando entrávamos no parque,  escutamos um grito que vinha de outro carro: ” VAI CORINTHIANS!!!  Não deu outra, loucos brasileiros estavam por ali! Um pouco mais a frente conseguimos parar  e conhecer os meninos: “Felipe”, um brasileiro, super aventureiro, esportista que vive no Canadá, “Matt” um canadense adorável que  adora o Brasil e arriscava um bom português, o “Mineirinho” e outro amiguinho canadense igualmente simpático.   A conversa foi muito boa e depois de fotos e troca de contatos, seguimos, havia muito que ver por ali e eles iam subir a montanha de bike, pura animação!

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Apesar do tempo não estar lá essas coisas, o parque era  lindo, com muitas trilhas, cascadas, montanhas nevadas,  lagos azuis e muito frio, já dava para ter uma amostra do que seria entrar no Canadá. Com   Daniel  caminhamos bastante,  como se fossemos amigos de velha data, ele muito interessado nos mostrava tudo e no final da tarde nos despedimos com abraços  super carinhosos, tempos depois ficamos super felizes em saber que ele estava na Tailândia, muito feliz,conforme vinha planejando e ainda tinha arrumado uma namorada brasileira, cara esperto esse Daniel, viu!!!

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A ansiedade de entrar no novo país aumentava e a caminho da fronteira começamos fazer um resumo do  que foi nossa passagem pelos Estados Unidos. Em nenhum país havia sido tão fácil  viajar, boas estradas, organização,  estrutura para todo tipo de viajante, segurança, comida razoavelmente barata e uma variedade  de paisagens impressionantes. Fomos surpreendidos por muita gente boa, curiosos,   interessados ou espantados por nossa forma minimalista de viver, nos Estados Unidos tudo é “muito”. Várias pessoas  nos abordavam principalmente pelo carro, nunca imaginávamos  que uma Defender tivesse tanto  poder de encantamento por ali, “Road Trip” faz parte da cultura americana, mas normalmente são super traillers, campers gigantes e motorhomes imensos;  Malucos como nós,  passam para provar que felicidade realmente não se mede pelo tanto de coisas que se acumula durante a vida, quantas vezes ouvimos: ” Isso é meu sonho”, de pessoas que possuem pelo menos vinte vezes mais que nós, enfim,  qualquer forma é possivel! Passamos devagar aproveitando cada momento,  o que nos deu chance de viver grandes e boas experiências, cruzar o Canadá foi somente uma pausa, não foi um adeus, somente um até breve…

Entrar no Canadá não foi tão simples assim, na próxima contamos tudo!