Descobrimos que viajar sem muitos planos é muito melhor , no começo traçávamos rotas, quantos quilômetros, onde ficar… quando deixamos correr mais suave e aproveitar dicas de pessoas e lugares que aparecem no trajeto descobrimos surpresas agradáveis e essa talvez foi uma das melhores. Digitando alguma coisa no google vi a foto de um rio verde claro, espetacular, quando fui pesquisar, estava bem perto e no caminho que faríamos! Nesse lugar, “Reserva Rio Claro”, em Antioquia, Colômbia, passamos experiências hilárias.
Colocamos o carro abaixo de grandes árvores, os lugares para acampar eram poucos e demarcados, o que escolhemos era bem legal, mas ficamos bem na beira da estradinha que percorria o parque e todos que passavam, paravam, tiravam fotos do carro, da gente, estava um pouco estranho, nos sentíamos como animais do zoológico, então o Sérgio encarnou o personagem e começou imitar macaco, gritando e correndo, até um ônibus cheio de gringos parou para fotografar o momento de fama do chipanzé magrelo, eu já estava escondida atrás do carro nesse momento.
Já instalados, fomos procurar o que fazer e conhecer o lugar, nessa caminhada conhecemos um carinha que vivia ali, nos falou sobre a caverna de mármore, descer o rio de boia… atividades essas que fizemos no outro dia e foi muito divertido, também nos levou para conhecer uma cadelinha que havia dado cria no meio da mata, isso tudo acompanhados por seu fiel amigo, o cão “Marfon”, pelo menos foi o que entendemos a principio.
Tudo muito legal se não fosse o fato que nosso novo amigo, dono do “Marfon” pela manhã conversava bem, contava da sua vida, da namorada gringa que havia ido embora, falava de coisas normais e quando aparecia na nossa barraca no fim da tarde, parecia um pouco alterado, falava sobre abduções, rãs raras e coisas do gênero, numa mistura de espanhol e algo que ele pensava ser inglês.
No último dia descobrimos o porque, o amigo era adepto de marijuana, mas muito adepto mesmo… Nos ofereceu um cigarrinho do capeta, que negamos, então acendeu sua pequena erva, que mais parecia um charuto cubano e já bem “louco”, aproveitando que eu estava brincando de jogar uma madeira na água para “Marfon” pegar, o moço solta a pérola… “Por isso que coloquei esse nome nele… Ele é muito esperto, como um celular…” Hã???? Como assim???? o nome do pobre do cachorro era ” Smartphone”, !!!!!!!!
Eu vi uns cogumelos gigantes por lá, talvez isso explica tamanha criatividade do rapaz.
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