Definitivamente, entrar em cidades grandes de carro, sempre tem um grau de stress. São os policiais que estão sempre esperando um desavisado para multar, normalmente o GPS que não ajuda, indica para entrar na contra mão ou fazer conversões proibidas, recalcula bem na hora de escolher entre duas pistas…Os motoristas que querem olhar o carro e ficam colados ao lado dando tchau, buzinando, acenando… Até aí muito legal, mas quando isso ocorre quando precisamos entrar ou mudar de faixa, fica difícil! E o melhor de tudo, o trânsito.
No caso de Lima, o caos. Não existem regras, os caminhões andam em qualquer faixa, ninguém usa seta, muitos carros, alguns caindo aos pedaços, os táxis e as vans que saem da faixa da esquerda sem o menor problema para pegar o passageiro na calçada, sem a menor sinalização e buzinam loucamente para que todos os clientes os vejam. Aliás, todos buzinam para tudo e param a qualquer momento em qualquer lugar. Sem contar os moto-táxis (tuc-tucs) aos montes, por todos os lados, feito insetos, voando no meio daquela bagunça. Vimos até um ônibus parado em fila dupla para pegar passageiros e o mais interessante, tudo pacificamente, todos fazem a mesma coisa…raramente há uma discussão.
O Sérgio já havia dirigido muito por Lima e sabia que não seria uma tarefa nada fácil, mas estava louco para me mostrar e no fim foi até divertido. Ainda tínhamos que levar o  carro ao mecânico para uma “pequena manutenção”, outra tarefa que não foi muito fácil, muito menos barata… mas vamos esquecer esse assunto.
Miraflores, o bairro onde nos instalamos, foge a loucura de Lima e dá até para esquecer que você está no Peru. Depois do carro guardado e tudo mais calmo, o melhor jeito de conhecer Lima foi de ônibus, táxi e a pé. Fomos ao centro, passeamos pelo Larcomar, aproveitamos o fim de tarde na praia  e até a ida ao supermercado vira um  passeio  quando estamos num país diferente.

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O mais bacana que nos aconteceu em Lima foram as pessoas que conhecemos. O hostel HitchHikers http://www.hhikersperu.com é um ponto de encontro de overlanders. Foram quatro dias, só trocando experiências, conhecendo  gente do mundo todo.
Cony e Remo da Suissa, a família Sparks dos USA, os meninos do Irã e principalmente a nossa família argentina, Omar, Maria e Catha, que foi amor a primeira vista e ainda hoje, estamos viajando juntos.

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Às vezes nos separamos, depois nos encontramos de novo e seguimos um trecho  juntos, sempre com muitas risadas… Com eles vivemos uma experiência maravilhosa, que vamos relatar no próximo post (Huaraz).
Na mesma estrada, com muito em comum, principalmente na escolha de um estilo de vida, cada um tem suas histórias e isso acrescenta muito a cada um de nós.  As informações e as experiências trocadas, vão tornando a vida na estrada mais fácil. É engraçado como muitos se conhecem e em algum momento todos se cruzam pelo mundão.
O que é OVERLANDING?
Sair, viajar e explorar com nossos veículos. Partir para uma jornada rumo a um novo lugar, sabendo que o caminho é tão importante quanto o destino. O sonho de chegar ao Alasca ou simplesmente escapar da cidade no final de semana. Gastar meses planejando ou inventar no caminho, viajar por terra ou pelo asfalto, camping selvagem ou desfrutar da hospitalidade local. Uma aventura, às vezes um desafio, mas sempre uma experiência inesquecível.
Fonte: http://overlanderbrasil.com