Oaxaca

É muito interessante como surgem pessoas na vida da gente que parecem que sempre estiveram, Connie apareceu em nossas vidas por internet em algum momento da viagem, nós em algum ponto do mundo, ela em outro. Fomos mantendo contato e programando um encontro em algum lugar  e ele aconteceu em Oaxaca. Viajantes natos, ela e Marc viajavam com seus “bebês” Chilli e Pepper.

DCIM100GOPRO12814593_1133731166658855_2340947160851475396_n20120103_162929

Nossa conexão foi imediata, uma afeição instantânea, com muito em comum, o que transformou esse encontro em fortes laços de amizade. Connie com seu sorriso fácil, espontânea e amorosa, Marc extremamente prestativo e tranquilão, os “bebês”, dois gostosos, foi fácil se apaixonar por esse povo.

Quando nos despedimos, como eles sabiam que havíamos sido roubados, com muito amor e solidariedade, eles nos deram um GPS,  o que nos deixou muito emocionados, saímos com uma das melhores sensações que se pode ter, a gratidão, pelo presente e também por encontrar gente tão generosa. Nossa história não acabou por ali, deixamos um outro encontro marcado e cumprimos em grande estilo, mais para frente vocês verão essas figuras de novo.

20120103_163025DSC_0148DSC_0147
DSC_0158

DCIM100GOPRO

Nessa passagem por Oaxaca fomos à “Tlacolula” conhecer o mercado de domingo, uma experiência única e obrigatória na região, os indígenas de muitos povoados do vale chegam para comprar e vender, não deve haver em todo México um lugar mais colorido e de tantos sabores. Tecidos, roupas, comidas, bebidas, flores, artesanatos, cultura popular e muito mais, são várias ruas para passar um domingo cheio de vida.

DSC_0211

1535019_1133997043298934_672826842829506854_n 12274780_1133997196632252_3960892154757318673_n 12717934_1124076860957619_3981895721856399229_n 12802959_1124076864290952_2915376996966422018_n 20120101_225636 DSC_0162 DSC_0167 DSC_0169 DSC_0171 DSC_0172 DSC_0173 DSC_0175 DSC_0177 DSC_0183 DSC_0189 DSC_0191 DSC_0192 DSC_0194 DSC_0195 DSC_0206 DSC_0215 DSC_0236 DSC_0240 DSC_0245 DSC_0251 DSC_0258 DSC_0266 DSC_0276

DSC_0229

Seguimos viagem e entramos no estado de “Puebla”, passamos por  lindas cidades coloniais e “pueblos mágicos”. A primeira foi “Cholula” um lugar cheio de arte e história, com lindas igrejas,  são 365 no total, gente muito simpática e grande riqueza arquitetônica, toda essa região é muito bonita e tranquila.

20120101_161043 20120101_161052 20120101_161100 20120101_161309 20120101_161933 20120101_162114

Vinte  e sete quilômetros separam “Cholula” de “San Nicolas de los Ranchos”  o minúsculo povoado que tem a impressionante vista do vulcão “Popocatépetl”,    em abril de 2016, exatamente um mês que havíamos passado por lá,  o gigante  teve uma das  maiores atividades de todos os tempos, ocasionando uma chuva de cinzas e material incandescente que atingiu várias cidades.   Nesse lugar no meio do nada comemos a melhor pizza da viagem,  e acreditem , ela tinha até abacate.

20120101_17441620120101_174231DSC_0027DSC_0044DSC_0054DSC_005620120101_18481120120101_185850

Depois  de cruzar o “Paso de Cortes” em direção à “Ciudad de México” vivemos um  verdadeiro inferno somente para contornar a capital do país (na tentativa frustrada de conhecer Xochimilco, a Veneza Mexicana, ficamos quatro horas no trânsito tentando sair da cidade).  No outro dia fomos em busca de um dos eventos mais belos da natureza, conhecer o “Santuário da Mariposa Monarca”,  outra frustração.

As borboletas  migram dos Estados Unidos e Canadá fugindo do inverno, recorrem milhares de quilômetros e se refugiam nos bosques mexicanos, formando reservas protegidas  no estado de Michoacán, as informações eram um pouco desencontradas, mas conseguimos encontrar o pequeno povoado.   Quando chegamos, a péssima informação, elas estavam todas mortas, por causa de algumas noites de frio intenso fora de época. Uma tristeza porque todos que viram nos disseram que é  um espetáculo maravilhoso, uma floresta inteira coberta por borboletas, imaginem! Peguei essa foto da internet só para vocês conhecerem, quem sabe um dia voltamos.

bc52fab711c45d6_7030cd8aed6ed68d5a7a9fe43ef003b0

Por ali fizemos alguns amigos, um lugar muito pobre e enquanto os pais trabalhavam, vendendo comidas e lembrancinhas, as crianças passavam o dia pedindo coisas e se oferecendo como “mini guias”.  Quando um deles nos ofereceu seus “serviços” e eu respondi que não iriamos porque elas estavam mortas ele me respondeu: Mas não tem problema, você me paga e levo você para ver elas mortas mesmo. Caímos na risada com tamanha sinceridade do pequeno guia.

As crianças e os cachorros tem muita coisa em comum,  a ingenuidade, a ternura, a verdade dos olhos e as demostrações de carinho sem interesse. Se não gostam, não fingem fingem gostar, eles são felizes com pouco,  ambos não retém mágoas e chegam para alegrar a vida da gente. Em qual momento será que perdemos essa pureza dos sentimentos,  que os animais nunca perdem? Sim, temos uma chance de ser como os animais, continuar sendo crianças.

DSC_0179 DSC_0183 DSC_0194 DSC_0199 DSC_0210 DSC_0214 DSC_0245 DSC_0260 DSC_0264 DSC_0265

Nossa última parada antes de seguir em direção à costa mexicana  foi na cidade de “Morélia”, a capital do estado de Michoacán.  A bonita cidade  abriga festivais de cinema e de gastronomia e também é  um dos mais importantes  centros religiosos  do país,   seus  mais de duzentos edifícios históricos foram construídos com   pedras rosadas típicas da região, por isso a cidade é conhecida como “La Ciudad de la Cantera Rosa”,  uma linda, grande  e moderna cidade.

DSC_0281DSC_0279DSC_0278 (2)

 DSC_0282 DSC_0285 DSC_0288 (2) DSC_0295 DSC_0299 (2) DSC_0317 DSC_0318 (2) DSC_0319 DSC_0328 DSC_0333 (2) DSC_0336 (2) DSC_0339 DSC_0343 (2) DSC_0346

Depois de alguns dias cortando o país em direção ao mar chegamos ao Pacífico, encontramos um  paraíso pouco procurado, a baia de  “Maruata” que se  esconde num pequeno povoado rural, praias de areia dourada, ondas de espuma branca, azul profundo do pacífico,  tudo isso emoldurado por linda vegetação e montanhas. Aí acampamos, dormimos e acordamos com os pássaros e o barulho do mar, a vontade era de viver ali para o resto da vida, mas não, porque as belezas do pacífico só estavam começando.

DSC_0387 (2) DSC_0389 (2) DSC_0393 (2) DSC_0395 (2) DSC_0404 DSC_0405 (2) DSC_0408 (2) DSC_0417 (2) DSC_0450 (2) DSC_0500 DSC_0502 DSC_0524 DSC_0535 DSC_0540 DSC_0544 DSC_0548 DSC_0565 DSC_0567 DSC_0569 DSC_0572 DSC_0575 DCIM100GOPRO

Passamos pela linda e movimentada “Puerto Vallarta”, uma cidade bem grande e turística e seguimos em direção ao que mais nos interessava nessa região a “Playa Escondida” nas “Ilhas Marietas” em Nayarit. Quando se planeja uma viagem, curta ou longa, sempre existem lugares que estão na lista de desejos e esse era um deles. Passamos a noite na cidade e no outro dia cedo saímos de barco desde “Punta Mita” em direção ao paraíso, mas não era bem assim…Vejam o que nos venderam… (fotos internet)

islas-marietas-big[1]asa[1]

E que nos entregaram? Depois de uma meia hora sacodindo no mar agitado o barco atracou perto  da  ilha, o lugar era maravilhoso e para alcançar a praia tínhamos que saltar do barco um pouco distante e entrar nadando por uma pequena caverna de dois metros de largura com água até a  metade,  devia haver uns dez barcos atracados e uma pequena população querendo atravessar para a praia,  quando as ondas vinham nem preciso dizer o que acontecia né?

A maré   jogou  o bloco de gente para dentro da praia, aos gritos e dando cabeçadas nas pedras. A pequena praia era linda, mas com tanta gente perdeu um pouco do encanto, mas ok, então chegou o melhor momento, de nadar contra a corrente para sair    e ainda ter que competir com aquela quantidade de gente que estava na praia. Crianças desesperadas, vovós se afogando, pé de pato na cara, empurrões, cotoveladas e gritaria, nos sentimos em um duathlon do horror, só que ao invés de correr e nadar, as modalidades eram nadar e lutar… certeza que essa foi a parte mais divertida dessa história. Nosso erro, chegamos em pleno carnaval, tudo lotado, caro, mas com certeza muito mais divertido.

Como diria a querida Dory: “Quando a vida te decepcionar, continue a nadar…continue a nadar.

20111231_190145 20111231_190214 20111231_190433 20111231_190501 20111231_190601 20111231_190704 20111231_191324 20111231_194544 20111231_194638 20111231_194805 20111231_194919 20111231_195306