Chegar até o Ushuaia não foi nada fácil, as costas e as pernas já estavam sentindo. Foram quinze mil quilômetros em trinta dias. Mas chegamos …Mudamos o trajeto na última hora, deixamos o Ushuaia por último, como saída da Patagônia e acho que foi uma decisão acertada. Já tínhamos visto paisagens deslumbrantes e quase nada que vimos ali foi novidade, porém, pisar no fim do continente depois de tudo que tínhamos visto, foi como bater um carimbo e concluir uma viagem muito especial em nossas vidas. Os cães , as paisagens, a liberdade que vivemos até ali, tudo se homogeneizou. O objetivo estava alcançado, nossa missão estava concluída e ali vivemos dias de certeza que era aquilo que queríamos para nossas vidas.
A travessia do Estreito de Magalhães, onde conhecemos amigos brasileiros.
A linda estrada que corta a Cordilheira Foguina encheu nossos olhos.
O passeio que fizemos pelo Canal de Beagle… a bela paisagem e os animais ali no seu recanto…
Seu charmoso centrinho com a melhor comida da viagem… a Centolla do Restaurante do Freddy, que foi de comer rezando… O Museu do Presídio que adoramos…
Os perrengues… que foram os maiores de toda viagem… dormimos no posto, dentro da oficina, com o carro quebrado. Aliás acho que nem a Mundrungona queria vir embora, que resolveu quebrar por lá…
Conhecemos histórias de pessoas interessantes, todas na mesma sintonia. Praticamos geografia in loco… vimos os mapas que tanto olhamos virando realidade. Estávamos a menos de 1000 quilômetros da Antártida, com o nosso carro… Ah, se tivesse um estrada com certeza íamos até lá. Pensar nisso foi louco demais.
É claro que bateu aquela depressão, estava acabando… mas pensávamos que essa só era um teste para nossa grande viagem , que ali tivemos certeza. Será muito legal. O Alasca é logo ali…
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