O conjunto de linhas de Nasca, talvez seja o segundo ponto turistíco mais conhecido do Peru, mas parece que já teve melhores dias, segundo pessoas que conhecemos, o governo não investiu na cidade e o turismo anda em baixa. Realmente o que mais se vê são hotéis decadentes e o centro da cidade, até tem seu charme, mas sem grandes atrativos.
O sobrevoo das linhas não nos animou, optamos por conhecer somente algumas figuras que se vê da estrada, claro que menos interressante, pelo preço e pelos relatos que ouvimos de quem foi, achamos melhor não. O impressionante foi a estrada cortar uma das figuras ao meio… achamos uma coisa sem razão, como pode uma estrada cortar um dos pontos de turismo mais procurados da região?
Além das linhas que são seu maior atrativo, a cidade conta com outras curiosas e também não muito bem cuidadas atrações.
Fomos visitar o Cemitério de Chauchilla, onde a civilização Nasca, com técnicas de mumificação e em virtude do clima seco do deserto, conservou os corpos enterrados praticamente intocados até o início do século 20, quando o local foi saqueado e o que restou, se transformou numa curiosa atração, porém, muito vulnerável.
Qualquer um pode tocar, dentro das covas haviam coisas que as pessoas deixam por ali, como garrafinhas de refrigerante, embalagens de salgadinho. Bem mal cuidado, mas interessante.
Conhecemos os Aquedutos de Cantalloc, pura engenharia hidráulica da antiga civilização. São espirais imensos, construidos em pedra, que servem para captação de água, para distribui-la para irrigação na lavoura e cultivo nessas áreas extremanente secas. Ainda hoje estão em funcionamento.
Em Nasca reencontramos nossos queridos Liliane e Allain, aqueles de Machu Picchu e infelizmente dali nos despedimos e os perdemos de vista.
Conhecemos ali, duas figuras encantadoras… Liz e Dona Hilda, do hotel Maison Suisse, onde ficamos. Depois de uma inundação no hotel, causada por uma mangueira que esqueceram ligada, ajudamos a secar tudo e passamos uma agradável tarde com bate papo, comidinhas e colheita de laranja.
Dali, partimos para Ica, uma cidade movimentada que ainda se recupera de um devastador terremoto em 2007, seu maior atrativo é a Laguna Huacachina, com suas dunas douradas, onde os turistas se divertem subindo e descendo nos animados passeios de tubular e escorregando duna abaixo com sandboards nos pés.
E para finalizar, chegamos a Reserva Nacional de Paracas, um lugar encantador, com praias que nada tem em comum com as nossas. Refúgio de pelicanos, lobos marinhos, flamingos, pinguins e muitas outras espécies, com um museu especialmente interessante e uma cidadezinha bem simpática, com várias opções de restaurantes, para comer um ceviche bem fresquinho a beira mar.
A reserva nacional e as cidades em volta também tiveram grandes prejuízos com o terremoto de 2007. Uma formação rochosa, a Catedral que era o cartão postal do parque se transformou em destroços, inclusive fazendo que algumas espécies de animais que ali viviam se refugiassem em outras regiões.
Tanto para quem vem do sul ou do norte, este trecho da Rodovia Pan-Americana é um bônus. Desde Cusco ou do Chile, a estrada é extremamente bonita. Talvez o melhor atrativo seja a contemplação.
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