Poucos países podem oferecer tamanha diversidade, fica difícil traçar uma rota no país devido a grande opção de destinos imperdíveis, repleto de culturas distintas, comida boa e paisagens deslumbrantes, deixamos alguns lugares para outra vez, mas vimos muita coisa interessante, vamos lá:
Cañon del Sumidero
Depois de represado o “Rio Grijalva” formou o imponente “Cañon del Sumidero, existem duas formas de conhecer as belas paisagens, por terra ou água, a primeira alternativa começa em “Tuxtla Gutierréz” por estradas que rodeiam as montanhas com cinco pontos de paradas para admirar . Nós escolhemos o passeio de barco, que parte da pequena e simpática “Chiapa del Corzo” para contemplar mais de perto as paisagens e para ver os crocodilos. É realmente um passeio imperdível e a região é muito bonita.
Bem pertinho do “cañon “, fomos conhecer a “Cascada del Chorreadero”, um pequeno centro turístico de impressionante beleza natural, mas um pouco mal conservado, a cascata de mais de 25 metros de altura emerge de uma imensa gruta formando piscinas naturais. Na época que estivemos já era quase período de secas e a cachoeira não estava nos seus melhores dias, mas mesmo assim valeu apena e não pudemos deixar de dar um mergulho na água absurdamente fria para renovar as energias.
Era hora de seguir estrada e se despedir de Chiapas, depois de tantas aventuras seguimos em direção a Oaxaca, uma região muito bonita e inóspita, mas ficamos impressionados com a quantidade de lixo nas estradas, buscamos um lugar um pouco mais “limpo” fizemos nosso almoço e logo em seguida, quando entramos novamente na estrada, o caminho nos reservava mais uma surpresa.
Reparei que de uma caixa de papelão jogada na beira da estrada saia um bichinho… Paramos e corri em direção à caixa, não era um e sim dois cachorrinhos, penso que eram mais e já haviam saído, olhei em volta e não encontrei mais nenhum. Enrolei os dois que tremiam muito num saco plástico que estava no chão e voltei em direção ao carro. Começamos pensar o que íamos fazer com os filhotes, os pobrezinhos estavam famintos, magrinhos e doentes.
Havia uma oficina mecânica e perguntei se alguém poderia ficar com eles e claro que a resposta foi negativa. Quando eu voltava vi uma casa com uma pequena placa “Veterinário” parecia não haver ninguém mas depois de insistir muito uma moça me atendeu, eu havia acordado ela, era a veterinária , ela estava doente. Conversamos um pouco, ela me falou das suas dificuldades de trabalhar ali num lugar onde ninguém dava importância aos animais, falou de seus outros bichos todos resgatados e mesmo assim aceitou ficar com os pobrezinhos. Ajeitamos uma caixa para eles, demos mais comida, agradecemos muito a moça e fomos embora. Já longe lembramos que nem havíamos perguntado o nome dela, foi muita sorte ela estar ali e principalmente, ficar com eles. A covardia é a mãe da maldade, como é fácil atacar aos mais fracos, umas criaturas tão indefesas, esperamos do fundo do coração que eles tenham sorte nessa segunda chance.
Depois deles foram muitos outros cães pelas estradas, destruídos, doentes, acabados, com exceção de um que vivia num posto de gasolina e o frentista nos contou que já fazia um bom tempo que ele estava por ali, ele não havia encontrado alguém para lhe dar amor e carinho, mas encontrou respeito e um refúgio, encontrou seu caminho para sobreviver. Olha que cara mais fofa e ainda sabe mostrar a língua para que não gosta de cachorro ( rss)
Nossa primeira parada no estado de Oaxaca foi em Santiago Matatlán, a “Capital Mundial do Mezcal”. Bebida que como a tequila é proveniente da agave, porém mais rústica e artesanal. Pelo menos uma parada é obrigatória na avenida principal, repleta de lojinhas e pequenas destilarias, todas oferecem degustação e dá para sair bem louco só de provar. São vários tipos e opções, jovem, reposado, añejo, com larva (gusano), sem larva, crema… provamos vários e o Sérgio e o Andrea provaram o tal do gusano, que segundo eles tinha gosto de prego enferrujado ( não sei onde eles comeram prego enferrujado, mas Ok) eu e Lola optamos por uma garrafa de crema sabor nozes que estava delicioso, depois de tanto mezcal a melhor opção foi dormir ali na cidade mesmo.
Cedinho saímos em direção à cereja do bolo desta região, um lugar que não imaginávamos que era tão bonito, “Hierve el Agua” com suas majestosas “Cascadas Petrificadas”. As impressionantes “cachoeiras” foram formadas há milhões de anos pelo escorrimento de água com carbonato de cálcio, um lugar sagrado, um paraíso natural de água vulcânicas, que se completa com paisagem do vale, que se estende até o horizonte, um lugar para parar no tempo e ficar horas apreciando.
No próximo post vamos mostrar para vocês muito mais sobre o México e vamos falar de um assunto mais que interessante, comida, que tal?? Afinal, comer também é requisito para uma boa viagem.
janeiro 31, 2017 at 5:44 am
It was nice to meet you in Cambria and we enjoy yout blogs and photos very much.
Robert and Georgette Milla
fevereiro 8, 2017 at 7:28 pm
Hi Robert,
Was really nice our conversation too. Tks for all.
Are you in Baja already!!!
Cheers!!