Projeto Mundo Cão

Com certeza a paisagem que mais nos impressionou no Ecuador foi a Laguna de Quilotoa. A cratera de 3 quilômetros de largura e aproximadamente 250 metros de profundidade, se formou após o colapso e uma catastrófica erupção do vulcão cerca de 800 anos atrás. Uma imensidão de água turquesa, que muda de cor de acordo com a luz do sol.

Não é preciso escalar ou caminhadas para chegar à laguna, porém descer até a beira da cratera requer um pouco de preparo, porque a subida é nervosa, e está a quase 4.000 mts. de altitude.  O circuito circular também é uma atividade bacana para quem chega bem animado, o trekking de mais ou menos 6 horas para conhecer diferentes faces da laguna é bem popular.

O caminho desde Quito ou Latacunga é espetacular, a maior surpresa foi o Canyon Toachi,  de perto  é lindo, mas de longe, a vista é maravilhosa  e a cabeça viaja, imaginando como um dia aquilo tudo se formou. Os vilarejos, as lindas montanhas, tudo encanta.

Estivemos três vezes no Quilotoa, da primeira só passamos o dia, o tempo não estava muito bom,  conhecemos a vila, os centros de artesanatos e a chegada à beira da cratera pela primeira vez é algo surreal.

Da segunda vez fomos para dormir,  apreciamos um lindo pôr-do-sol  e o frio era de cortar, nessa noite passamos um susto de matar. Não havia uma alma se quer, só o vento que gritava do lado de fora do carro… dormíamos como anjos e na madrugada um barulho que parecia de vidro quebrando ou algo assim, nos despertou … com o coração na garganta, verificamos os vidros, sem sair do carro é claro, nada quebrado… desconfiados, ficamos quietos dentro do carro, esperando clarear e pegamos no sono de novo.

Acordamos com um lindo dia de sol, saimos esperando ver o estrago, verificamos o carro todinho… nada! Quando começamos arrumar as coisas para tomar o café, vimos o tal “vidro quebrado”… a ventosa da GoPro que estava no vidro da frente, desgrudou, bateu na mesinha que estava dobrada no banco do motorista e caiu justamente dentro de uma caneca de metal que estava no assoalho do carro, fazendo um barulho que para quem está dormindo, pode ser qualquer coisa… o Sérgio disse que quando despertou com o barulho, sentiu gosto de sangue na boca, do susto kkkkkkkk! Eita medo…

Dá terceira vez, fomos ao Shalalá Lodge, com seu espetacular mirador de vidro e muita tranquilidade. Para mim, a melhor vista e o melhor jeito de apreciar o deslumbrante Quilotoa. Dormimos por lá também, com um camping mais estruturado, menos frio e ainda aproveitamos para ver a cratera à noite com a luz da lua.

Bom, terminamos com uma sessão de fotos do casal, porque com um visual destes o mínimo é tirar 2570 fotos iguais…