Foi como chegar em Minas Gerais, as casas de fazenda, os rios de pedra e o cheirinho do café, em Salento no “Eje Cafetero”, ficamos na Finca el Mocambo, o camping mais perfeito de toda viagem, foram dias extremamente tranquilos, de descanso na rede e ainda vinha a chuva que trazia o cheiro de mato, nas noites a lua dava um show… um lugar para viver o resto da vida!
A pequena cidade colorida, com banquinhos nas calçadas e arquitetura típica da zona cafeteira é um lugar perfeito para caminhar, conhecer gente e apreciar a vida tranquila de quem vive cercado de lindas montanhas e paisagens incríveis, com comida campesina e o café mais cheiroso e gostoso de toda Colômbia, sentar no botecão da esquina vai fazer qualquer um se sentir numa novela de época e isso é parada obrigatória.
Na “Finca el Mocambo”, fizemos grandes amigos, os que trabalham na fazenda sabem receber muito bem e os hospedes se sentem da família, sempre com um café quentinho e bom papo, fazem do lugar um ambiente propício à convivência, criação de vínculos e troca de experiências, num dia muito gostoso fomos em oito pessoas dentro da nossa “Mundrungona” às “Termas San Vicente” e foi um dia interessante com pessoas de várias nacionalidades… El Salvador, Índia, Inglaterra, Suíça e nós os brazuquinhas… convivência e interação é o que mais se pratica nessas experiências, não importa se não falamos o mesmo idioma, coisas universais como gentileza e um sorriso geram situações enriquecedoras.
Ainda nesta fazenda fizemos outros amigos! E um deles para nós foi mais que especial… Edi, o cachorro mais meigo e inteligente que conhecemos nos últimos tempos. Adoramos esse lugar por vários motivos, pelas pessoas, por ser um lugar muito bonito e tranquilo, mas esse carinho com os bichinhos fez a diferença. Além de Edi, havia um gato e duas gatinhas, uma delas era “Helena”, que estava prenha.
Com Edi a história foi mais que especial, de primeira nos apaixonamos e foram vários dias de amizade e carinho… com os gatinhos nos divertimos, muito ousados e curiosos, entravam no carro, tentavam subir na barraca e queriam carinho todo tempo… estivemos por lá duas vezes e na primeira despedida, fomos de coração partido com Edi nos olhando até o carro sumir de vista, retornaríamos em algumas semanas e torcemos para que reencontrássemos todos bem…
Quando chegamos pela segunda vez, o primeiro a nos receber foi Edi, corria em volta do carro feliz da vida e quando descemos, saltava como louco, com a felicidade de quem revê velhos amigos… nos reconheceu!
Helena, a gatinha já estava tranquila com seus lindos bebês…os dois outros gatos iam e viam, sem muito compromisso e a parte triste é que Ana Milena, a funcionária que os cuidava já não estava mais trabalhando por lá e ela fez muita falta em todos os sentidos.
Edi, claramente sentia falta de Ana, já não estava tão bem cuidado e desta vez nossa despedida foi dura, ele sentiu e nos olhava bem nos olhos, por instantes pensamos que poderíamos leva-lo, tantos viajam com seus cachorros… mas sabemos que não é nada fácil, principalmente para eles.
Infelizmente ele ficou, tivemos que ir, de novo sem olhar para trás, durante muitos dias ele ficou nas nossas cabeças e até hoje imaginamos como ele estará?
Esperamos que muitos outros amigos tenham aparecido por lá, que tenham entendido que ele gosta de brincar de correr, que não pode ver um saquinho de pão sem ganhar um pedacinho, que faz gracinha rolando na grama para ganhar carinho… que gosta de colo e de dar lambidas como agradecimento.
Esperamos que ninguém o maltrate, nunca.
“Edi”, ángel de amor.
dezembro 31, 2015 at 6:02 pm
Nossa!!! Chorei com o Edi!!!! Essa deve ser a parte dificil da viajem!!! Ter que deixar eles para atrás!!!! Boa viagem para vocês!!!
eu gostaria de saber onde foi que vocês foram assaltados???? Eu sou chilena e espero que não tenha sido no Chile !!!!
Estou acompanhando a viagem !!!
janeiro 1, 2016 at 3:41 am
Claudia! O Edi foi minha maior paixão nessa viagem… Fomos roubados no Peru, em Puno… estão em todas as partes… Acompanhe sim, tem muita coisa linda para mostrar e muito cachorro esperando por ai… infelizmente! Beijos e obrigada pelo carinho.