Estávamos na cidade de Page, ela é ponto de apoio para grandes atrações do Arizona, ali fomos conhecer o “Glen Canyon” e sua barragem, no imenso “Lake Powel”, um lugar muito interessante para visitar. A represa gera energia e armazena água para esta região que é muito árida e o lago além de ser muito bonito, têm muitas atividades; pesca, passeios de barco, camping e trekking no “Glen Canyon Recreation Area”.
A simpática Page, recebe fotógrafos e turistas do mundo todo, ela é porta de entrada para uma atração muito importante que está a sete quilômetros de distância dali, todos chegam interessados na surreal paisagem e nosso interesse também era esse, mas resolvemos passar um dia agradável na cidade, onde fizemos amigos, colocamos nossas coisas em ordem , limpamos o carro e comemos a melhor pizza da viagem, não pelo sabor e qualidade, mas pela fome que estávamos.
No outro dia cedinho, ansiosos, fomos conferir a tão esperada paisagem vizinha. Sabe aquele lugar que já vimos num montão de fotos mas não acreditamos que realmente existe? Este é o “Antelope Canyon”. Um dos canyons estreitos mais visitados do mundo e composto por três formações distintas; “Dixie Ellis” reservado para fotógrafos profissionais, “Upper”, com galerias mais largas e sem escadas e o “Lower” que são esplendorosas formações subterrâneas, foi esse que nós escolhemos.
A atração é administrada pela comunidade indígena “Navajo”, os índios nativos americanos, o tour é bem organizado e nós pegamos um guia muito simpático e atencioso, as visitas são formadas por pequenos grupos, dura mais ou menos uma hora e meia e custa 33 dólares por pessoa, chegando por conta própria.
Não dava para saber para onde olhar, as nuances se transformavam a cada passo nas formações perfeitas, uma atmosfera única formada somente pela força e obra da natureza. Em algum momento de loucura alguém já parou para imaginar como seria viver dentro de uma pintura? Essa é a real sensação deste lugar. Pode escolher seu fundo de tela, fique a vontade.
Outra área situada na reserva dos índios Navajo é o isolado e inspirador “Monument Valley”. Este ponto marca as divisas de quatro Estados Americanos: Arizona, Utah, Colorado e Novo México. Duvido alguém que não tenha visto esse lugar pelo menos uma vez na vida, ele foi cenário de muitos filmes, principalmente os de “Western” protagonizados pelo inesquecível “John Wayne” e até inspiração para muitos desenhos animados, aqueles que a gente adorava.
Entramos em “Utah”, mais um dos 50 estados americanos, conhecido por “Estado das Montanhas Rochosas”, e olha o que mais vimos desde o Arizona foram rochas, tivemos a impressão que esses dois estados um dia foram uma rocha só… É muita pedra! Utah também é conhecido pela forte presença de “Mórmons”, 70% da população faz parte da entidade religiosa.
Nossa primeira noite foi mágica, dormimos num lugar especial, que achamos por acaso. Saímos da estrada principal porque o nome nos chamou a atenção: Valley of the Gods (Vale dos Deuses), as formações rochosas desta estrada eram incríveis, imensos paredões perdidos no meio do vale, não dá para imaginar como tudo aquilo se formou, pareciam montadas manualmente, quem sabe não foram? Dormir e acordar no silêncio daquele deserto foi inesquecível.
Logo de manhã seguimos em direção à pequena cidade de “Moab”, uma parada obrigatória para quem segue em direção ao “Arches National Park”, a cidade era muito bonita, com hotéis e restaurantes charmosos, uma cidadezinha de filme mesmo. Passeamos pelas ruas floridas, lotadas de turistas e fomos conhecer o centro de visitantes que era muito interessante. Na estrada já havíamos tido uma amostra do que seria o parque, um gigante arco apareceu no meio do nada, para dizer: Bem vindos, logo à frente vocês terão muitos outros! “Wilson Arch”. lindo não? Verdadeiramente uma janela para o céu.
Chegamos no “Arches”, ao entrar no parque as rochosas nevadas já são um espetáculo à parte, bem grande e tranquilo para caminhadas, são mais de 2.000 formações rochosas em forma de arco, e muitas outras formações gigantescas e surreais, uma região maravilhosa. Do lado de fora, beirando o “Rio Colorado” uma enorme ciclovia faz conexão com o parque, um lugar lindo para acampar e contemplar a natureza.
Em todos os parque nacionais que fomos os pets são permitidos, todos na coleira e bem educados, observamos também a grande quantidade de adotados, conversamos com muita gente com seus bichinhos e sempre tem uma história legal por trás da chegada do cão na família. Pessoas com animais realmente são mais felizes.
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